O primeiro contacto do telespectador com a notícia no Jornal da Noite dá-se através do pivot.[1] É ele quem anuncia o acontecimento, apresentando-nos um ângulo de visão (função guia); é ele quem gere a palavra dos entrevistados (função moderadora); é ele quem remata as peças ou as conversas com um breve comentário (função enfática) ou gesto ou postura; é ele quem faz as entrevistas, «substituindo» aí o telespectador (função «delegada»). Todas essas funções fazem dele um elemento chave na ligação do mundo aos telespectadores.
Para além daquilo que diz, o pivot transmite informação através de códigos cinéticos, nomeadamente através do olhar. Como afirma Felisbela Lopes; “o eixo do olhar do pivot é um elemento significativo da enunciação televisiva. Olhando o telespectador olhos nos olhos, o apresentador coexiste com o seu receptor no mesmo lugar e no mesmo espaço, afirmando a realidade do mundo que transparece através do ecrã”. (Felisbela Lopes 1999, 82).
Como sublinha Felisbela Lopes, “olhar dirigido para o papel significa o imprevisto, o excepcional; os olhos concentrados num plano inferior esperam a difusão de uma peça; o olhar lateral marca a passagem da palavra a um entrevistador ou comentador. (Felisbela Lopes1999,82).
Citando um trabalho de Pedro Mácia, (televisión hora cero, Madrid, Erisa 1981) Felisbela Lopes afirma que:
“O apresentador do telejornal pode insistir em manter-se à margem dos factos que anuncia, cultivando um modelo comunicacional em que o seu papel se confina ao de mero mediador de postura séria e pouco expressiva ou adoptar um modelo personalizado, passando de mediador a protagonista, revelando o seu lado mais pessoal e impondo, por vezes o “star system” no qual interessa, mais do que a notícia, quem apresenta.” (Felisbela Lopes 1999, 83).
Pelas palavras de Felisbela Lopes, o apresentador aparece aqui como uma figura determinante para a compreensão da mensagem. A forma como ele "diz" os textos pivots,[2] o tom de voz que ele utiliza e os gestos que faz, podem interferir na percepção da mensagem. A encenação das notícias acentua-se, ficando a realidade cada vez mais distante. De acordo com Felisbela Lopes,
“A encenação que rodeia dispositivo audiovisual, a baixa produtividade informativa imposta pelas imagens, a manipulação da notícia em directo e a escassez de temas tratados levam-nos a concluir que a informação tyelevisiva, mais do que um momento de informação, incute no cidadãop a ilusão de estar informado.” (Felisbela Lopes, 1999,84)
[1] Aquele que apresenta as notícias no Jornal da Noite.
[2] Significa também o texto lido antes de cada peça.
Fonte: memória monografica de bacharelato de mário benvindo cabral.
Para além daquilo que diz, o pivot transmite informação através de códigos cinéticos, nomeadamente através do olhar. Como afirma Felisbela Lopes; “o eixo do olhar do pivot é um elemento significativo da enunciação televisiva. Olhando o telespectador olhos nos olhos, o apresentador coexiste com o seu receptor no mesmo lugar e no mesmo espaço, afirmando a realidade do mundo que transparece através do ecrã”. (Felisbela Lopes 1999, 82).
Como sublinha Felisbela Lopes, “olhar dirigido para o papel significa o imprevisto, o excepcional; os olhos concentrados num plano inferior esperam a difusão de uma peça; o olhar lateral marca a passagem da palavra a um entrevistador ou comentador. (Felisbela Lopes1999,82).
Citando um trabalho de Pedro Mácia, (televisión hora cero, Madrid, Erisa 1981) Felisbela Lopes afirma que:
“O apresentador do telejornal pode insistir em manter-se à margem dos factos que anuncia, cultivando um modelo comunicacional em que o seu papel se confina ao de mero mediador de postura séria e pouco expressiva ou adoptar um modelo personalizado, passando de mediador a protagonista, revelando o seu lado mais pessoal e impondo, por vezes o “star system” no qual interessa, mais do que a notícia, quem apresenta.” (Felisbela Lopes 1999, 83).
Pelas palavras de Felisbela Lopes, o apresentador aparece aqui como uma figura determinante para a compreensão da mensagem. A forma como ele "diz" os textos pivots,[2] o tom de voz que ele utiliza e os gestos que faz, podem interferir na percepção da mensagem. A encenação das notícias acentua-se, ficando a realidade cada vez mais distante. De acordo com Felisbela Lopes,
“A encenação que rodeia dispositivo audiovisual, a baixa produtividade informativa imposta pelas imagens, a manipulação da notícia em directo e a escassez de temas tratados levam-nos a concluir que a informação tyelevisiva, mais do que um momento de informação, incute no cidadãop a ilusão de estar informado.” (Felisbela Lopes, 1999,84)
[1] Aquele que apresenta as notícias no Jornal da Noite.
[2] Significa também o texto lido antes de cada peça.
Fonte: memória monografica de bacharelato de mário benvindo cabral.