terça-feira, fevereiro 08, 2005

A Edição montagem

O conceito por trás da edição linear é simples: segmentos do material original de um ou mais cassetes são copiados para outra fita. No processo, as tomadas más são eliminadas, os segmentos escolhidos são ordenados e efeitos de áudio e vídeo incluídos.
O sistema de edição linear só permite cortes lineares, isto é, a cena 1 seguida da cena 2, seguida da cena 3, e assim por diante. Isto requer organização e planejamento. O editor deve estudar bem o material, anotar a localização dos takes que pretende usar e preparar um roteiro de edição, definindo a ordem das tomadas, tipo de transição entre os takes, a entrada de títulos e créditos, trilhas e efeitos sonoros.
A ilha de edição linear é composta de um ou mais videocassetes player - onde é colocada a fita de vídeo com a gravação original, um recorder , onde é colocada a fita que será editada e um edit controller , que controla as duas ( ou três ) máquinas. A fita contendo a edição final é chamada de master .
O editor utiliza o contador digital do painel do edit controller, para localizar segmentos na fita original e anotar os pontos de entrada (início) e/ou saída (final) dos takes que serão utilizados na fita master. O painel 00:00:00:00 mostra em horas, minutos, segundos e frames (quadros de vídeo), a localização dos takes na fita. O contador pode ser programado para a leitura dos sinais de CTL ou Time Code. CTL - Control track - são pulsos de controle, gravados na fita, simultaneamente, com os sinais de vídeo e áudio. Estes pulsos servem de referência para a localização dos segmentos na fita de vídeo. O sistema NTSC utiliza 30 pulsos, por segundo.
Este método de referência tem duas grandes desvantagens. Primeiro, depende inteiramente do equipamento, para manter uma contagem precisa dos milhares de pulsos de control track. E esta é uma tarefa difícil para aparelhos mecânicos.
Durante a edição, o operador está constantemente enviando a fita para a frente ou para trás, em diferentes velocidades para marcar os pontos de edição. Se o equipamento perde a conta dos pulsos, ainda que por uma fracção de segundos, a numeração que indica a localização do segmento não terá precisão e apresentará diferença de vários frames no contador.
Editores experientes ficam de olho no contador digital, enquanto a fita se move, para detectar paradas momentâneas, que significam que o equipamento perdeu a exactidão na contagem dos pulsos de controlo (CTL). Estes problemas são causados por defeitos na fita de vídeo, ou na gravação do control track. Por isso, use sempre fitas de bons fabricantes e fique atento durante a gravação, para não deixar pedaços de fita virgem, entre os segmentos gravados.
S egundo, a contagem dos pulsos de control track só é válida durante aquela sessão de edição. O equipamento não tem memória para arquivar a lista de decisões EDL (edit decision list) , tornando impossível a reedição automática da fita, caso se deseje fazer mudanças no master.
O método de edição linear foi o primeiro a ser adotado e ainda é o mais utilizado no mercado. E embora seja a maneira mais rápida de se montar uma sequência simples, é um método de trabalho bastante limitado e restrito, quando comparado aos modernos e sofisticados sistemas de edição não-linear.
Edição em Insert e Assemble
N a edição linear existem dois modos de edição: assemble e insert .
Na edição em assemble , gravamos na fita master, os sinais de áudio e vídeo associados ao respectivo control track. É muito difícil gravar os pulsos de CTL com total exactidão, à medida que, adicionamos segmentos e fazemos novos cortes. Qualquer problema de tempo (que ocorra durante este processo, basicamente mecânico) resultará num corte defeituoso - um glitch no vídeo. Por esta razão, a edição em assemble só deve ser realizada em edições curtas, onde a prazo é um factor crítico.
A edição em insert requer preparativos: é necessário gravar uma "base" - um sinal de vídeo (geralmente, preto) gravado ininterruptamente - na fita master, antes de se iniciar o trabalho. O fluxo contínuo, dos pulsos de controle (CTL), servirá de referência para o contador digital do recorder e irá garantir a estabilidade da imagem durante a reprodução (playback) da fita master.
Durante a edição, no modo insert, gravamos apenas os sinais de áudio e / ou vídeo, sobre a base, utilizando os pulsos de CTL já gravados. O que resulta numa reprodução mais estável da fita.
A edição em insert possibilita a substituição de segmentos de áudio ou vídeo, por outros com a mesma duração. No entanto, é impossível, encurtar ou aumentar as sequências já editadas.

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